- Desenvolva uma cultura de integração entre a vida pessoal e profissional, focada na Saúde Psicológica e no bem-estar, e baseada na confiança dos/as gestores/as e na responsabilidade dos trabalhadores e trabalhadoras. A adopção de práticas promotoras do equilíbrio não é suficiente se não for sustentável no tempo e enquadrada numa cultura organizacional que reflicta esses valores e compromisso.
- Elabore políticas de integração entre a vida pessoal e profissional. É importante definir políticas claras, que esclareçam as possibilidades e apoios disponíveis e encorajem os trabalhadores e trabalhadoras a utilizá-las.
- Ausculte, regularmente, os trabalhadores e trabalhadoras sobre as dificuldades sentidas de equilíbrio entre as suas vidas pessoal e profissional, possibilitando a sugestão de propostas de conciliação que gostassem de ver implementadas na organização. Neste momento de crise, converse com os trabalhadores e trabalhadoras de modo a discutir e negociar uma personalização da organização do trabalho, que melhore a produtividade e a vida pessoal e familiar.
COMPROMISSO COM O EQUILÍBRIO ENTRE A VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL
Recomendações para Gestores/as e Líderes
- Permita a flexibilização do horário de trabalho, possibilitando aos trabalhadores e trabalhadoras a adaptação do horário de trabalho às suas necessidades. Nem todas as pessoas são produtivas nos mesmos horários (alguns produzem melhor de manhã, outros à tarde, por exemplo). Nem todos/as têm a mesma situação ou exigências familiares. Aplique uma perspectiva de flexibilidade aos seus horários e aos horários dos elementos da sua equipa, acordando com os trabalhadores e trabalhadoras adequações aos seus horários de trabalho, sempre que isso seja possível.
- Dê o exemplo. Seja o/a primeiro/a a demonstrar compromisso, a usufruir e a aplicar estratégias de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Cumpra, sempre que possível, o horário de trabalho diário, tire férias e tempo para as suas actividades pessoais e familiares, priorize a Saúde Psicológica e o bem-estar.
- Promova o cumprimento dos períodos de descanso. Incentive e garanta que são cumpridos momentos de pausa ao longo do dia, fins de semana e férias.
- Garanta que a realização de “horas extraordinárias” é a excepção e não a regra.

- Encoraje a definição de “horas de tranquilidade”, durante as quais os trabalhadores e trabalhadoras podem ignorar notificações ou adiar a resposta para outra altura., assegurando sempre que estes sabem que não espera deles/as outro comportamento.
- Ofereça apoios às famílias, em função das diferentes gerações de trabalhadores e trabalhadoras e das necessidades específicas do momento do ciclo de vida em que se encontram. Por exemplo, para trabalhadores/as com crianças pequenas, disponibilize descontos em jardins de infância e creches; horas de início ou término de trabalho flexíveis, de modo a que mas mães e pais possam ir levar/buscar as crianças à escola; facilidade de gestão do horário de modo a permitir cuidar de uma criança doente ou assistir a uma actividade das crianças no final do dia. Para trabalhadores/as que precisam de cuidar de familiares (os próprios/as pais e mães ou companheiro/a, por exemplo), reduza a carga e o horário de trabalho ou viabilize a possibilidade dos/as colegas se mobilizarem para criar um “banco de horas” para trabalhadores/as que esgotem o seu.
- Ofereça tempo aos trabalhadores e trabalhadoras na altura de grandes acontecimentos de vida (como a morte de um familiar, um divórcio, o diagnóstico de uma doença terminal a um familiar ou o nascimento de um/a filho/a).
- Disponibilize a possibilidade de regresso ao trabalho faseado, após o nascimento de um/a filho/a ou ausência prolongada por motivos de doença, por exemplo.
- Estabeleça parcerias externas que facilitem aos trabalhadores e trabalhadoras o acesso à informação ou o recurso a medidas de apoio, benefícios e condições mais favoráveis. Por exemplo, parcerias com farmácias, clínicas de saúde, ginásios, lavandarias ou programas culturais e recreativos.
- Facilite a adopção de estilos de vida saudáveis e o autocuidado, nomeadamente no que diz respeito à prática de alimentação equilibrada e à actividade física regular.
- Inclua, no calendário anual da organização, momentos de convívio e partilha entre os trabalhadores e trabalhadoras, a celebração de efemérides ou de momentos de sucesso da organização.
- Proporcione momentos de lazer aos trabalhadores e trabalhadoras. Pondere incluir as famílias dos trabalhadores em alguns desses momentos.
- Implemente programas de transição progressiva e faseada para a reforma, que integrem a (re)construção do projecto pessoal de vida.