Diversidade e inclusão nos locais de trabalho

Nos locais de trabalho inclusivos todas as pessoas, quer vivam com deficiência, sejam neurodivergentes ou pertençam a minorias socioculturais, têm acesso a oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, de progressão na carreira e, de modo geral, sentem-se realizadas e integradas na organização onde trabalham.

Relatorio PDF

Aceda ao Policy Brief dedicado à “Diversidade e inclusão nos locais de trabalho”.

RECOMENDAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA A DIVERSIDADE E A INCLUSÃO NOS CONTEXTOS LABORAIS

Compreender e saber mais sobre diferentes características associadas a pessoas com deficiência, neurodivergentes ou pertencentes a outras culturas é uma forma de combater estereótipos e enviesamentos discriminatórios. Sendo a formação em Diversidade e Inclusão de maior importância para líderes e recrutadores/as, é importante que não se limite a sessões únicas, mas aposte em intervenções experienciais e continuadas no tempo.

Adaptar os anúncios de emprego a diferentes línguas; fazer uma “triagem cega” dos currículos; criar oportunidades para candidatos/as com diferentes formas de comunicar; adaptar instruções e/ou permitir pausas para articular respostas; minimizar distrações durante os processos de avaliação; considerar o potencial de discriminação das competências exigidas, por exemplo, determinadas soft skills (e.g. relação interpessoal), podem discriminar pessoas neurodivergentes.

Escutar e dialogar com os/as trabalhadores/as sobre as suas necessidades, melhores capacidades, interesses específicos e barreiras percecionadas é essencial para compreender e envolver todos/as nos processos de tomada de decisão quanto a funções laborais, espaços de trabalho e oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional – facilitando a inclusão e promovendo o progresso do desempenho.

Diferentes trabalhadores/as necessitam de diferentes horários e modelos de trabalho, por terem períodos específicos de maior produtividade, pela forma como se organizam face a tarefas e prazos, por terem consultas médicas regulares, devido ao tempo de deslocação para o local de trabalho ou para poderem realizar práticas religiosas.

As características específicas dos/as trabalhadores/as podem requerer acessos (e.g. rampas), espaços que considerem a (sobre)estimulação sensorial, equipamentos específicos (e.g., auscultadores antirruído; tecnologias de comunicação alternativa), oportunidades de mentoria e advocacia, ou, por exemplo, espaços apropriados para práticas religiosas.

A colaboração, o respeito, a comemoração da diversidade e a valorização da diferença são a base de um local de trabalho inclusivo. É importante monitorizar a perceção dos trabalhadores/as sobre a inclusão, bem como garantir políticas remuneratórias e oportunidades de progressão equitativas, particularmente para grupos sub-representados.

É importante que os líderes sejam treinados para reconhecer enviesamentos, facilitar a segurança psicológica e serem exemplo de comportamentos respeitadores da diversidade.